Milicianos iraquianos apoiados pelo Irã cruzaram para a Síria na madrugada desta segunda-feira (2) para apoiar o governo de Bashar al-Assad no combate aos rebeldes que avançaram sobre Aleppo. Fontes militares relataram que cerca de 300 combatentes, em sua maioria ligados aos grupos Badr e Nujabaa, utilizaram rotas alternativas para evitar controles de fronteira. Apesar disso, o chefe das Forças de Mobilização Popular iraquiana negou a movimentação de tropas.
A guerra civil na Síria, iniciada em 2011, ganhou novo fôlego após a recente ofensiva relâmpago de rebeldes, que agora controlam partes de Aleppo e regiões próximas. Assad prometeu intensificar ações militares para retomar o controle, enquanto reforços internacionais, incluindo milícias pró-Irã e ataques aéreos russos, têm sido cruciais na estratégia governamental.
Conflitos violentos continuam em três frentes: Aleppo, Hamã e Idlib. Rebeldes reivindicam avanços significativos, incluindo o controle de áreas estratégicas e do aeroporto militar de al-Nayrab, mas o governo sírio nega. Tropas governamentais estão reforçando posições defensivas e utilizando ataques aéreos para conter os adversários.
O Irã reiterou seu apoio ao regime sírio, prometendo suporte contínuo às operações militares. Simultaneamente, forças russas intensificaram bombardeios em zonas rebeldes, causando centenas de baixas nas últimas 24 horas. Do outro lado, líderes da oposição exigem negociações mediadas pela ONU e uma transição política.
A crise em Aleppo revive memórias da batalha de 2016, que consolidou o controle de Assad sobre áreas cruciais da Síria. Agora, o conflito ganha dimensões internacionais ainda mais intensas, enquanto potências como Irã, Rússia e Turquia disputam influência no cenário de guerra.