O Tribunal do Júri de Taguatinga condenou, nesta terça-feira, 2 de fevereiro, o réu Jamiesson de Amorim Martins a pena de 19 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado e mais um ano de detenção por crime de constrangimento de menor. O acusado desferiu vários golpes de faca contra a ex-companheira, Alaíde Rosa de Jesus. O crime foi presenciado pelo filho do casal, de 12 anos. Vítima e agressor foram casados por 13 anos e, na época do assassinato, estavam separados.
O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) sustentou a existência de três qualificadoras: motivo fútil, meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima. O acusado desconfiava que a mulher, da qual já estava separado, tinha outro relacionamento. Ele atacou a vítima de madrugada, com uma faca, sem que ela pudesse fugir. O crime também foi praticado com emprego de meio cruel, uma vez que a mulher foi atingida por 11 golpes de faca em diversas partes do corpo.
O crime de constrangimento de menor consistiu em submeter o filho do casal a presenciar a morte da mãe. Apesar das súplicas do garoto para que o pai parasse, ele continuou a esfaquear a ex-companheira.
Entenda o caso – Na madrugada do dia 21 de setembro de 2014, Martins entrou no apartamento onde moravam a vítima e o filho do casal. Ele foi ao quarto da ex-companheira e a surpreendeu com golpes de faca. O filho estava dormindo e acordou com os gritos de socorro da mãe. O garoto presenciou o crime e, após a fuga do pai, pediu ajuda aos vizinhos, que chamaram o Corpo de Bombeiros. A mulher foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Depois de alguns dias foragido, o acusado foi encontrado e preso pela polícia. Ele aguardava o julgamento em prisão preventiva.