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Articulação política fragilizada: governo Lula enfrenta desafios no Congresso em 2024

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Articulação política fragilizada: governo Lula enfrenta desafios no Congresso em 2024


O segundo ano do governo Lula foi marcado por uma relação conturbada com o Congresso Nacional, em que o Executivo não conseguiu consolidar uma base de apoio sólida. Durante 2024, o Planalto enfrentou dificuldades na articulação política, atritos entre ministros e a cúpula da Câmara, além da suspensão de emendas por decisões judiciais, o que agravou o ambiente político. Nesta semana, um novo episódio envolvendo o pagamento de emendas intensificou o conflito entre Legislativo e Judiciário. O bloqueio de recursos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) arrastou o Executivo e o Senado para uma crise que deve prolongar os atritos entre os Poderes em 2025.

Apesar de avanços na pauta econômica, como a aprovação do pacote de corte de gastos na reta final das atividades legislativas, o governo não conseguiu cumprir toda a sua agenda. Parte da regulamentação da reforma tributária e o Orçamento de 2025 ficaram pendentes e serão analisados apenas no próximo ano. Essas pendências reforçam as dificuldades enfrentadas pelo Planalto para obter o alinhamento necessário no Congresso, mesmo em questões de grande relevância econômica.

Um dos episódios mais marcantes desse desgaste foi o rompimento entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, principal responsável pela articulação política do governo. Esse distanciamento evidenciou as falhas na coordenação do Executivo com o Legislativo, comprometendo a capacidade do governo de avançar de maneira efetiva em sua agenda política.