Yohara Isabelly, uma criança do Distrito Federal, viveu 10 anos com o CPF vinculado a uma pessoa endividada, o que gerou restrição de crédito desde seu nascimento. Em 2015, aos 7 meses, sua mãe, Isabel de Melo Pontes, descobriu que não podia abrir uma conta para a filha devido à negativação. Após uma longa batalha judicial, a família foi indenizada em R$ 34 mil.
Isabel relatou a dificuldade de resolver a situação, enfrentando um processo complexo que incluía contatos com empresas e órgãos públicos. O erro ocorreu quando o CPF de Yohara coincidiu com o de um homem endividado, e a restrição foi registrada em Goiânia e protestada em Brasília. A indenização foi finalmente concedida neste ano.
A Receita Federal orienta que, em casos como este, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência, seguido de tentativas de resolução com as empresas de proteção ao crédito. Caso o problema persista, a vítima pode buscar ajuda judicial.
Isabel pretende utilizar o valor da indenização para custear os estudos de Yohara, conforme seu objetivo inicial de abrir uma poupança para a filha. “Está lá quietinho no banco, ninguém mexe”, afirmou, emocionada, sobre o dinheiro que garantirá a educação da menina.