O que inicialmente parecia um caso de suicídio ganhou novos contornos quando Raul Lages, advogado e namorado da vítima Carolina Magalhães, foi acusado de assassinato triplamente qualificado. Apesar das evidências coletadas, ele aguarda julgamento em liberdade, enquanto a família de Carolina nunca aceitou a versão inicial apresentada.
Demian Magalhães, irmão da vítima e também advogado, desempenhou um papel crucial na investigação ao buscar provas. Ele revelou que a polícia não requisitou imediatamente as imagens das câmeras de segurança do prédio, ação que ele próprio tomou no dia seguinte à morte. As gravações indicaram incoerências na versão de Raul, revelando sua movimentação suspeita na noite do crime.
Segundo as imagens, Raul foi visto trocando de roupa, retirando sacolas do apartamento e tentando sair do prédio logo após a queda de Carolina. Investigações apontam que ele teve tempo para adulterar a cena, limpando manchas de sangue, lavando roupas de cama e descartando a tela de proteção cortada. Testemunhas e a análise da perícia sugerem que Carolina foi agredida antes de ser jogada da janela.
Para a delegada responsável, Iara França Camargos, os indícios demonstram que Raul não estava no elevador no momento da queda de Carolina e que a vítima sofreu uma agressão física antes de ser lançada. A família acredita que, se a polícia tivesse agido com maior rigor naquela noite, Raul poderia ter sido preso em flagrante.
Enquanto a defesa de Raul sustenta que ele é inocente e reforça a tese de suicídio, a Polícia Militar de Minas Gerais declarou que todas as informações preliminares foram devidamente registradas e encaminhadas à Polícia Civil. A investigação segue, com expectativa de justiça por parte da família e amigos de Carolina.