Dez cidades concentram 20% das queimadas registradas no Brasil em 2024, segundo dados divulgados. Entre elas, destacam-se municípios localizados na região amazônica e no Cerrado, que são áreas historicamente vulneráveis às queimadas. O relatório também aponta que os focos de incêndio têm aumentado significativamente nos últimos anos, em parte devido à expansão agrícola e à falta de fiscalização adequada.
A alta concentração de queimadas em poucas cidades revela um problema estrutural de gestão ambiental. Muitas dessas localidades possuem áreas extensas de vegetação e estão diretamente ligadas à produção agropecuária, que muitas vezes utiliza o fogo como método de limpeza de pastagem. A prática, no entanto, se descontrola rapidamente, contribuindo para a degradação ambiental.
Além das consequências diretas no ecossistema, como a perda de biodiversidade, as queimadas também impactam a saúde pública, com o aumento de doenças respiratórias, principalmente em crianças e idosos. As emissões de carbono resultantes dessas queimadas também agravam as mudanças climáticas, tornando a situação ainda mais preocupante a nível global.
O governo federal anunciou medidas para tentar conter os focos de incêndio, como a intensificação de fiscalizações e campanhas educativas. Contudo, especialistas alertam que é preciso um esforço coordenado, que envolva governos locais e a sociedade, para combater efetivamente esse problema e evitar sua repetição em grande escala nos próximos anos.
