A saúde pública do Distrito Federal enfrenta uma das piores crises dos últimos anos. Unidades de pronto atendimento superlotadas, UTIs neonatais operando no limite, centros de saúde mental sucateados e servidores à beira do esgotamento revelam um cenário alarmante.
No Hospital Regional de Taguatinga (HRT), denúncias de atendimento precário e colapso no setor obstétrico levaram o GDF a contratar, às pressas, 50 médicos neonatologistas. Ainda assim, todos os 98 leitos de UTI neonatal do DF permanecem ocupados ou bloqueados.
Na UPA de Ceilândia, a maior do DF, a revolta de pacientes diante da longa espera levou à depredação da unidade. Parlamentares distritais cobram segurança e respostas urgentes para o caos na rede.
A crise se estende à saúde mental: o DF tem apenas 18 CAPS, sendo que quatro sequer estão habilitados. É uma das piores coberturas do Brasil. A escassez de profissionais e a falta de estrutura agravam o sofrimento de quem mais precisa de acolhimento psicológico.
Além disso, condições precárias de trabalho têm sido relatadas em várias unidades: consultórios improvisados, salas sem ventilação, cadeiras quebradas e equipamentos danificados. A sobrecarga dos profissionais agrava o quadro.
Enquanto o Governo do DF anuncia ações pontuais, cresce a pressão por soluções estruturais e investimentos reais. A população cobra respostas. A saúde pede socorro.
Da redação
Foto: Agência Brasília