Mais do que pedir o impeachment da presidenta Dilma (27%), protestar contra a corrupção (47%) foi o principal motivo alegado pelos manifestantes que participaram dos protestos do último domingo (15) na Avenida Paulista, em São Paulo. Protestar contra o PT (20%) e contra os políticos (14%) foram as razões apontadas em seguida pelos entrevistados pelo Instituto Datafolha.
De acordo com a pesquisa, 82% dos entrevistados se declararam eleitores de Aécio Neves (PSDB) no ano passado, 37% manifestaram simpatia pelo PSDB e 74% participavam de protesto de rua pela primeira vez na vida. Segundo o instituto, mais de 200 mil pessoas passaram pela Paulista anteontem.
O perfil dos manifestantes de domingo difere do apresentado pelos participantes do ato de sexta-feira (13), liderado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). Segundo o Datafolha, 71% dos entrevistados na sexta se declararam eleitores de Dilma. A defesa do governo, divulgada como uma das principais bandeiras do ato, foi citada por apenas 4% dos entrevistados como motivo da manifestação.
Protestar contra perdas de direitos trabalhistas (25%), por aumento salarial para professores (22%), por reforma política (20%) e em defesa da Petrobras (18%) foram os itens mais lembrados. De acordo com o Datafolha, 68% dos participantes do ato da CUT tinham ensino superior; já na manifestação de domingo, esse índice era de 76%. No domingo, 41%declararam receber mais de dez salários mínimos ante 12% no protesto da sexta.
FONTE; Congresso em Foco