A delegada Juliana Domingues, que chefiava a Delegacia de Atendimento à Mulher em Volta Redonda (RJ) entre 2021 e 2022, revelou ter sido vítima de agressões físicas e psicológicas cometidas por seu então marido, o tenente-coronel da Polícia Militar Carlos Eduardo da Costa. Segundo Juliana, as agressões começaram já na lua de mel, com episódios em que era agredida com cintos e submetida a controle excessivo. Ela conta que, em um dos casos, foi estuprada após recusar um convite para sair com o marido.
Três dias após o estupro, Juliana decidiu denunciar os abusos, passando de delegada a vítima. A denúncia foi acompanhada de exames que comprovaram as lesões. Testemunhas, incluindo funcionárias do casal, confirmaram os sinais frequentes de violência física. Eduardo, em seu depoimento, alegou que as práticas eram consensuais.
O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou Eduardo por dois estupros, lesão corporal e violência psicológica contra Juliana em agosto do ano passado. A Justiça aceitou a denúncia, e a primeira audiência está marcada para este mês. Juliana, agora, compartilha sua história para encorajar outras mulheres a não se sentirem envergonhadas ou temerosas, destacando a importância de buscar ajuda e apoio para sair de situações de violência.
