Pelo terceiro mês consecutivo desde agosto, a taxa de desemprego no Distrito Federal aumentou. Passou de 14,6% em setembro para 15,1% em outubro. O número de desempregados para o último mês foi estimado em 230 mil pessoas — 5 mil a mais do que o registrado em setembro. O resultado decorre da saída de 15 mil pessoas do grupo da população economicamente ativa, simultaneamente à perda de 20 mil postos de trabalho.
Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego no DF divulgada na manhã desta quarta-feira (25). O levantamento é feito mensalmente pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análises de Dados vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo.
Setores
Em outubro, o nível de ocupação diminuiu 1,5% e a estimativa do número de ocupados ficou em 1,291 milhão de pessoas — 20 mil a menos do que em setembro. Os indicadores resultam de reduções na indústria de transformação (-12,5% ou menos 6 mil trabalhadores), na construção (-1,3% ou menos mil) e nos serviços (-1,4% ou menos 13 mil). Já o comércio apresentou variação positiva (0,4% ou mais mil trabalhadores).
A pesquisa também mostra que o número de assalariados caiu 0,9% em outubro. Isso ocorreu devido ao desempenho negativo nos setores privado (-0,6% ou menos 4 mil pessoas) e público (-2,2% ou menos 6 mil). Na iniciativa privada, houve baixa no número de pessoas sem carteira de trabalho assinada (-3%, ou menos 3 mil) e permaneceu estável o daquelas com carteira. Também houve queda na quantidade de autônomos (-4,3%, ou menos 7 mil) e de empregados domésticos (-6,0% ou menos 5 mil).
Regiões administrativas
Quanto às taxas de desemprego nas regiões administrativas, no grupo que reúne as de renda mais alta, como Lagos Sul e Norte, o número passou de 7,2% em setembro para 7,4% em outubro. No das localidades de renda intermediária, a exemplo do Gama e de Taguatinga, o aumento foi de 11,9% para 12,5% no período. Já no terceiro grupo, das regiões de renda mais baixa, entre elas, Recanto das Emas e São Sebastião, a taxa de desemprego subiu de 17,7% para 18,2%.
Agência Brasília