Na tarde de quinta-feira (28), o governo de São Paulo promoveu o leilão do Lote Nova Raposo, que determinará qual empresa do setor privado assumirá a gestão de 92 km de rodovias na região metropolitana por 30 anos. Este trecho abrange 10 municípios, incluindo Barueri, Cotia e Osasco, e compreende a Rodovia Raposo Tavares, a Presidente Castelo Branco e a Coronel PM Nelson Tranchesi.
A concessão, que visa melhorar a segurança e reduzir congestionamentos, especialmente em horários de pico, prevê investimentos de aproximadamente R$ 8 bilhões ao longo da concessão. Entre as obras planejadas estão a construção de pistas marginais, faixas adicionais, um túnel de conexão com a Av. Francisco Morato e a implementação de um sistema de pedágio “free flow” em diversos pontos.
No entanto, o leilão enfrenta forte resistência por parte dos moradores da região, que expressam preocupações sobre os impactos que a concessão pode trazer. As críticas se concentram na falta de garantias sobre a eficácia das melhorias prometidas e temores de que a privatização das rodovias não beneficie a população local. Muitos questionam se as intervenções realmente atenderão às necessidades dos usuários, ou se priorizarão os interesses financeiros das empresas.
Quatro empresas — EcoRodovias, CCR, Via Appia e EPR — estão na disputa pelo controle da concessão, com a expectativa de que o lance vencedor supere R$ 4,6 milhões. A decisão impactará diretamente a mobilidade e a infraestrutura da região, e os moradores seguem atentos ao desenrolar do leilão e suas consequências.