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Especialistas apontam que isenção do IR pode reduzir desigualdade e impulsionar o consumo interno

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Especialistas apontam que isenção do IR pode reduzir desigualdade e impulsionar o consumo interno

Nova faixa de isenção deve beneficiar trabalhadores de baixa e média renda, fortalecendo o poder de compra das famílias

A recente aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 000 mensais deve trazer reflexos diretos sobre a redução das desigualdades sociais e o aquecimento do consumo interno, segundo avaliação de especialistas em política fiscal e economia doméstica.

Para o economista e consultor tributário João Henrique Dantas, a medida representa “um passo importante na modernização do sistema tributário brasileiro”, que há anos penaliza de forma desproporcional os trabalhadores de renda média e baixa. “Ao aliviar a carga dessa faixa populacional, o governo estimula o consumo, fortalece o comércio e permite maior circulação de recursos dentro da economia real”, explica o especialista.

Segundo ele, a isenção tem efeito duplo: social e econômico. No campo social, amplia o poder de compra de famílias que, até então, destinavam parte significativa da renda ao imposto. No campo econômico, gera impacto positivo sobre micro e pequenas empresas, já que o aumento do consumo tende a fortalecer o mercado interno, especialmente nos setores de serviços, alimentação e varejo.

Ainda que analistas alertem para os desafios fiscais da renúncia de receita, o consenso é que o efeito multiplicador do consumo pode compensar parte da perda de arrecadação. “Trata-se de uma política que devolve poder econômico à base da pirâmide, num país historicamente marcado pela desigualdade tributária”, completa Dantas.

Da Redação | Folha de Brasília

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil