O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as imagens registradas pelas câmeras corporais de policiais envolvidos nas recentes operações no estado foram devidamente preservadas. A declaração faz parte de uma resposta oficial encaminhada à Corte após questionamentos sobre possíveis falhas na cadeia de custódia das gravações.
O assunto ganhou repercussão nacional após entidades de direitos humanos e parlamentares levantarem suspeitas de supressão ou manipulação de vídeos que poderiam esclarecer ações policiais durante operações que resultaram em mortes e confronto intenso em comunidades. Diante das denúncias, o ministro do STF responsável pelo caso solicitou informações formais ao governo fluminense.
Castro assegurou que todos os arquivos foram salvos conforme protocolos internos e que não houve qualquer tentativa de ocultar ou apagar registros. Segundo ele, o material encontra-se sob guarda da Secretaria de Segurança Pública e estará à disposição das autoridades competentes para perícia, auditoria e análise completa. O governador destacou ainda que o uso de câmeras corporais tem ampliado a transparência e reduzido conflitos de narrativa.
Mesmo com a afirmação do governo, especialistas ressaltam que a apuração independente será fundamental para garantir a credibilidade do processo. Organizações civis reforçam que a preservação das imagens é crucial para esclarecer a atuação policial, garantir direitos das vítimas e estabelecer responsabilizações quando necessário. O STF aguarda o envio integral dos arquivos para dar prosseguimento às investigações.
Da redação, Folha de Brasília
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil







