Folha de Brasília - Prfessor em greve
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Ibaneis acusa greve dos professores de “pura política” e crise se agrava no DF

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Ibaneis acusa greve dos professores de “pura política” e crise se agrava no DF

A greve dos professores da rede pública do Distrito Federal, marcada para começar no dia 2 de junho, já provoca forte repercussão política. O governador Ibaneis Rocha (MDB) classificou o movimento como “pura política”, alegando que a paralisação tem ligação direta com as eleições internas do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), previstas para ocorrer na mesma semana. Segundo o chefe do Executivo, os docentes e as famílias estariam sendo usados pela atual diretoria sindical para fins eleitorais, mesmo diante do cumprimento gradual dos acordos firmados após a greve de 2023.

Em resposta, o Sinpro-DF negou qualquer motivação político-partidária e reforçou que a greve é impulsionada pela falta de proposta concreta para a reestruturação da carreira docente. A categoria cobra o cumprimento da Meta 17 do Plano Distrital de Educação, que prevê a equiparação salarial dos profissionais da educação com os demais servidores com nível superior, além de um reajuste de 19,8% referente às perdas inflacionárias acumuladas. Os professores também acusam o governo de manter uma mesa de negociação “sem avanços reais”.

A situação ganhou espaço na Câmara Legislativa do DF. Parlamentares da oposição defenderam a legitimidade da greve e criticaram a postura do governador. O deputado Chico Vigilante (PT) declarou que o movimento é resultado de anos de desvalorização da educação pública. Já Gabriel Magno (PT) ressaltou que há folga fiscal para conceder o reajuste, apontando uma margem de R$ 3 bilhões abaixo do limite prudencial da LRF. Enquanto isso, o GDF acionou a Justiça para tentar barrar a paralisação, alegando risco de prejuízo irreversível aos alunos.