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Mais deputados, mais gastos: Congresso ignora STF e amplia custo da política

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Mais deputados, mais gastos: Congresso ignora STF e amplia custo da política

O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (26) um projeto que aumenta de 513 para 531 o número de deputados federais a partir das eleições de 2026. A mudança, que deveria apenas redistribuir as cadeiras existentes conforme o Censo de 2022, acabou por inflar ainda mais a máquina pública — contrariando a diretriz original do Supremo Tribunal Federal (STF).

A proposta passou pelo Senado por 41 votos a 33, e foi aprovada na Câmara dos Deputados sob pressão de prazos eleitorais e críticas sobre o impacto fiscal. O projeto agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo apuração da Folha de Brasília, os 18 novos parlamentares vão custar R$ 64,4 milhões por ano aos cofres públicos. Isso em um momento em que o governo corta gastos, estados enfrentam crises financeiras, e faltam recursos para áreas essenciais como saúde, educação e segurança.

Apesar da justificativa populacional, nenhum estado perdeu cadeiras, como previa a decisão do STF. O que houve, na prática, foi a criação de novos assentos, beneficiando principalmente estados como Pará (+4), Santa Catarina (+4), Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte (todos com +2).

A medida é vista por críticos como mais um passo do Congresso rumo à autoproteção e ao inchaço institucional, promovida sob o pretexto de “atualização democrática”. Com isso, o Parlamento brasileiro se torna ainda maior, mais caro e, para muitos, mais distante das reais necessidades do país.

Folha de Brasília, da Redação