A Anvisa aprovou uma nova indicação para o durvalumabe, um medicamento imunoterápico que pode reduzir em até 27% o risco de morte em pacientes com câncer de pulmão de pequenas células em estágio limitado, após tratamento com quimioterapia e radioterapia. Essa aprovação, que ocorre após 20 anos sem novas opções para esse tipo de câncer agressivo, é baseada no estudo ADRIATIC, que mostrou aumento significativo na sobrevida.
O estudo envolveu 730 pacientes e indicou que 57% dos que usaram durvalumabe estavam vivos após três anos de tratamento. A imunoterapia funciona ao ajudar o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerígenas, uma vez que o tumor cria mecanismos para escapar da defesa do corpo.
Especialistas consideram essa aprovação um marco, pois oferece uma nova abordagem para tratar um câncer com prognóstico desafiador. O durvalumabe já é utilizado para outros tipos de câncer e representa um avanço importante, transformando o tratamento para esse grupo específico de pacientes.
Esse novo recurso terapêutico pode mudar o panorama do tratamento de câncer de pulmão de pequenas células, especialmente para aqueles que, até agora, não tinham muitas opções disponíveis. A imunoterapia com durvalumabe se torna, assim, uma esperança renovada para pacientes com esse tipo de câncer agressivo.