Foto: Divulgação/Polícia Federal
Foto: Divulgação/Polícia Federal

Operação Taurus Aureus combate garimpo ilegal na Terra Yanomami, resultando em prisões e bloqueio de bens.

Nesta terça-feira (3), a Polícia Federal lançou a operação Taurus Aureus, com o objetivo de combater a logística e o financiamento das organizações que apoiam o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A operação resultou no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva em Roraima e Rondônia. Além disso, R$ 834 mil em bens dos investigados foram bloqueados.

A operação, que segue a linha da Operação Libertação deflagrada em fevereiro de 2023, já levou à prisão de três pessoas e à apreensão de R$ 60 mil em espécie, cinco armas, quatro carros e joias. A investigação revelou que o grupo criminoso utilizava uma fazenda como ponto de apoio logístico, enviando suprimentos como combustíveis para maquinários para a região devastada do baixo rio Mucajaí. O delegado Michel Saliba afirmou que a ação busca enfraquecer as organizações criminosas que financiam o garimpo ilegal.

O delegado Saliba explicou que os verdadeiros beneficiários do garimpo não são os garimpeiros na Terra Yanomami, mas sim aqueles que financiam a atividade. A PF está focada em descapitalizar esses grupos para evitar que se reestruturem. O valor de uma das máquinas apreendidas, que ultrapassa R$ 400 mil, destaca a magnitude das operações contra o garimpo ilegal.

Desde o início da Operação Libertação, foram realizadas 23 operações especiais, com 159 mandados de busca e apreensão e 33 mandados de prisão. A Terra Indígena Yanomami, com quase 10 milhões de hectares, está enfrentando uma emergência de saúde desde janeiro de 2023, com a reabertura de polos de saúde e a construção de um hospital em Surucucu, que contará com investimentos de R$ 23 milhões. A operação continua a analisar o material apreendido para coletar mais provas e informações, com o objetivo de encaminhar os casos ao Ministério Público Federal.