No início de agosto de 2024, o governo da Nicarágua tomou a decisão de expulsar o embaixador do Brasil em Manágua, acusando o país de interferência em seus assuntos internos. A medida foi vista como parte de uma série de ações do governo nicaraguense contra nações que têm expressado críticas à administração local, especialmente em relação às questões de direitos humanos e à governança democrática.
Em resposta à expulsão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou, em 3 de agosto de 2024, seu profundo desapontamento com a decisão tomada pelo governo nicaraguense. Lula classificou a ação como extrema e injustificada, reiterando o compromisso do Brasil com a defesa dos direitos humanos e da democracia. O presidente ressaltou que o Brasil sempre buscou manter relações amistosas e respeitosas com todas as nações, incluindo a Nicarágua.
No entanto, diante da gravidade da situação, o governo brasileiro decidiu agir de forma recíproca, determinando a expulsão da embaixadora da Nicarágua em Brasília. A medida, anunciada no dia 4 de agosto de 2024, foi considerada uma resposta firme, destacando a seriedade do incidente diplomático.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Itamaraty, foi imediatamente acionado para gerenciar a crise diplomática. O Itamaraty convocou o embaixador brasileiro na Nicarágua para consultas e iniciou uma avaliação detalhada dos próximos passos a serem tomados. Lula, em pronunciamento oficial, enfatizou que o Brasil continuará a defender princípios democráticos e os direitos humanos em sua política externa, ao mesmo tempo em que buscará uma solução diplomática para o impasse. O governo brasileiro expressou a esperança de que a Nicarágua reconsidere sua posição e retorne ao diálogo, visando a normalização das relações bilaterais.