O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu agir proativamente para resolver o impasse em torno das emendas parlamentares, reunindo-se na manhã desta segunda-feira (19) com ministros e líderes governamentais. A iniciativa vem após uma série de conversas na semana anterior, em que se previa que o Supremo Tribunal Federal (STF) favoreceria amplamente a decisão do ministro Flávio Dino, que limitou as emendas “pix” e as emendas impositivas.
No governo, a percepção é de que o resultado unânime no STF fortalece ainda mais a posição do tribunal em sua disputa com o Congresso. Com isso, o governo Lula busca se posicionar como um intermediário em meio às tensões e possíveis retaliações da Câmara dos Deputados.
Aliados do governo veem na situação uma chance de reverter o que consideram um legado prejudicial da gestão Dilma Rousseff, período em que as emendas impositivas ganharam força. O julgamento do STF, segundo esses aliados, obriga o Congresso a se engajar em negociações.
A reunião contará com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin e de ministros-chave, incluindo Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), entre outros. Estarão presentes também os principais líderes do governo no Congresso: Randolfe Rodrigues, Jaques Wagner e José Guimarães, além do chefe de gabinete de Lula, Marco Aurélio Marcola.
A expectativa é que o encontro resulte em estratégias para lidar com o cenário político, garantindo que o governo possa navegar pelas complexas relações entre o Congresso e o STF, enquanto busca estabilizar seu próprio espaço de atuação.