Foto: Federico PARRA / AFP/G1
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Tensões democráticas na Venezuela: União Europeia questiona a legitimidade da reeleição de Maduro

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Tensões democráticas na Venezuela: União Europeia questiona a legitimidade da reeleição de Maduro

O posicionamento da União Europeia em relação à reeleição de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela foi enfaticamente declarado pelo chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, nesta quinta-feira. Borrell ressaltou que o bloco europeu optou por não reconhecer a “legitimidade democrática” desse processo eleitoral por conta da ausência de publicação das atas eleitorais pela autoridade eleitoral venezuelana. A transparência do pleito, realizado em 28 de julho, tem sido questionada tanto pela oposição local quanto pela comunidade internacional.

A falta de disponibilidade dos documentos eleitorais e a ausência de mecanismos de verificação levaram a UE a tomar essa decisão. Borrell afirmou que, sem a devida comprovação e transparência, a legitimidade de Maduro como presidente eleito não pode ser aceita. Embora ele permaneça como presidente de fato, a União Europeia nega a sua legitimidade democrática com base em um processo eleitoral que não passou por verificações adequadas. Essa resolução foi resultado de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE.

Durante o encontro, os ministros europeus ouviram o candidato da oposição, Edmundo González, que concorreu contra Maduro. Enquanto isso, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela deu o veredicto de que Maduro foi o vencedor das eleições após uma suposta auditoria das atas eleitorais, solicitada pelo próprio presidente. No entanto, tanto o TSJ quanto o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) são vistos como próximos ao governo Maduro e, de acordo com uma missão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, não são considerados órgãos independentes.

A posição da União Europeia reflete as preocupações com a transparência e a legitimidade do processo eleitoral na Venezuela. A recusa em reconhecer a legitimidade democrática de Maduro como presidente eleito destaca a importância de instituições independentes e processos eleitorais transparentes para o fortalecimento da democracia e do respeito aos princípios democráticos fundamentais. Esse posicionamento da UE evidencia a relevância da transparência e da verificação em processos eleitorais para garantir a confiança e a legitimidade dos resultados.