O Banco Central do Brasil (BC) divulgou que o maior saque de “dinheiro esquecido” feito por uma pessoa física até a última sexta-feira, 13 de setembro, foi de R$ 2,8 milhões. Este montante foi resgatado em julho de 2023 após consulta no Sistema de Valores a Receber (SVR), uma ferramenta que permite verificar valores não reclamados deixados por clientes em instituições financeiras. As informações destacam também os valores significativos resgatados por outras pessoas físicas e jurídicas, refletindo a grande quantidade de recursos ainda disponíveis para resgate.
Entre as pessoas físicas, o segundo maior saque registrado foi de R$ 1,6 milhão, realizado em março de 2022, seguido por um valor de R$ 791 mil, retirado em março de 2023. No caso das pessoas jurídicas, o maior saque foi de R$ 3,3 milhões em março de 2023, com o segundo maior valor sendo de R$ 1,9 milhão em junho de 2023, e o terceiro de R$ 610 mil, em setembro de 2024. Atualmente, o SVR tem R$ 8,56 bilhões disponíveis para resgate.
O Banco Central também relatou que há 931.874 pessoas com valores acima de R$ 1.000,01 para resgatar, e 5,1 milhões de pessoas com valores entre R$ 100,01 e R$ 1.000. A maior parte dos beneficiários, 32,9 milhões de pessoas, possui valores de até R$ 10. Esses números são atualizados regularmente e representam contas individuais, pois uma pessoa pode ter múltiplas contas com valores esquecidos.
Recentemente, o Congresso aprovou um projeto de lei que permitirá ao governo recolher valores não resgatados se não forem retirados dentro de 30 dias após a sanção presidencial. Se sancionada, a lei dará um prazo final para a recuperação dos recursos, após o qual eles serão direcionados ao Tesouro Nacional. O projeto também prevê a reoneração gradual da folha de pagamentos para vários setores da economia. O site oficial para consultar e resgatar os valores é o valoresareceber.bcb.gov.br, e o Banco Central orienta a não clicar em links suspeitos para evitar golpes relacionados a esses valores.
