O incêndio que atingiu o Parque Nacional de Brasília no último domingo continua ativo, com risco de se espalhar, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O coordenador de manejo do fogo do ICMBio, João Paulo Morita, informou que 93 profissionais estão trabalhando para controlar as chamas. Até agora, 700 hectares da área já foram destruídos.
Morita ressaltou que há uma grande possibilidade de o incêndio ter sido intencional, pois não há indícios de causas naturais, como raios, que poderiam ter causado o fogo. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar as causas da queimada. O fogo também afetou matas que protegem cursos d’água, e há preocupações sobre o impacto na fauna local, embora nenhum animal morto tenha sido encontrado até o momento.
O presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Rôney Nemer, destacou que a qualidade do ar piorou temporariamente em Brasília devido à falta de ventos, mas a situação melhorou com a dissipação da fumaça. A qualidade do ar foi classificada como moderada, e grupos de risco foram orientados a evitar atividades ao ar livre. A Universidade de Brasília e escolas próximas ao parque cancelaram suas atividades.
Nemer também mencionou que se reunirá com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para discutir estratégias de combate às queimadas, incluindo a necessidade de manter equipes de brigadistas em atividade durante todo o ano, e não apenas no período de seca.
