Lula participa da abertura da Cúpula do Futuro, em Nova York. Foto: ANGELA WEISS / AFP

Lula destaca limitações da ONU em discurso na cúpula do futuro em Nova York

Durante sua participação na Cúpula do Futuro em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou as limitações da ONU diante de crises globais, como a pandemia, guerras e mudanças climáticas. Em seu discurso, Lula argumentou que esses desafios expuseram a necessidade urgente de reformas nas estruturas internacionais, a fim de garantir uma governança mais eficaz e inclusiva. Ele enfatizou que a ONU deve ser um agente ativo na promoção da paz e do desenvolvimento sustentável.

Lula destacou que a pandemia de COVID-19 revelou desigualdades profundas, tanto entre países quanto dentro deles, e que isso deve ser um alerta para a comunidade internacional. O presidente também criticou a falta de solidariedade global durante a crise sanitária, afirmando que a colaboração é fundamental para enfrentar problemas que não conhecem fronteiras. Ele apelou para uma ação coletiva e coordenada que priorize a saúde e o bem-estar de todos os povos.

Em relação às guerras, Lula sublinhou a urgência de diálogos diplomáticos para resolver conflitos e evitar novas escaladas de violência. Ele argumentou que a ONU precisa de mais poder e recursos para mediar crises e ajudar na construção da paz. O presidente brasileiro também abordou a questão climática, alertando que as mudanças no clima afetam desproporcionalmente os países em desenvolvimento e que ações imediatas são necessárias para mitigar esses impactos.

Ao final de sua fala, Lula reiterou o compromisso do Brasil com um multilateralismo renovado e mais justo, destacando a importância de vozes diversas na construção de soluções globais. Ele fez um chamado à comunidade internacional para que trabalhem juntos em prol de um futuro mais sustentável e equitativo, reforçando que a ONU deve estar à altura das expectativas dos cidadãos do mundo.