Foto: Manoel Batista/Divulgação

Seca severamente afeta rio Tapajós e turismo em Alter do Chão

A região de Alter do Chão, no Pará, conhecida por suas belezas naturais e praias de água doce, está enfrentando uma grave crise hídrica. O nível do Rio Tapajós atingiu a marca de 1,15 metro, um dos mais baixos já registrados na história recente. A seca severa está afetando não apenas o ecossistema local, mas também o turismo, que é uma das principais atividades econômicas da região. Com a baixa do rio, diversas praias desapareceram, impactando o fluxo de visitantes e a renda de moradores que dependem do turismo.

Alter do Chão é um dos destinos turísticos mais procurados na Amazônia, especialmente durante o período de verão, quando as praias do Tapajós se tornam um atrativo popular. No entanto, com a seca prolongada, as embarcações têm dificuldades para navegar, e as paisagens que atraem turistas de todo o mundo estão significativamente alteradas. Hotéis, restaurantes e agências de turismo já reportam queda nas reservas e temem uma crise ainda maior nos próximos meses, caso a situação não melhore.

Além do impacto no turismo, a seca também tem consequências ambientais graves. Espécies de peixes e plantas aquáticas estão sendo prejudicadas pela falta de água, e comunidades ribeirinhas relatam dificuldades para acessar recursos naturais essenciais. A crise hídrica está sendo atribuída a uma combinação de fatores climáticos, incluindo o fenômeno El Niño, que trouxe menos chuvas para a região neste ano.

As autoridades locais estão monitorando a situação e estudando medidas emergenciais para mitigar os danos. Organizações ambientais e especialistas alertam que, se ações mais robustas não forem tomadas, o impacto da seca poderá ser sentido por anos, afetando de forma duradoura o ecossistema e a economia de Alter do Chão. A crise no Rio Tapajós destaca a urgência de políticas voltadas para a preservação dos recursos hídricos e a adaptação às mudanças climáticas, que estão se tornando cada vez mais frequentes e severas.