Após mais de uma década de guerra civil, o regime de Bashar al-Assad finalmente desmoronou no domingo (8), com combatentes rebeldes declarando Damasco como “libertada” e forçando o presidente a fugir para a Rússia. A queda do regime ocorre após 13 anos de um conflito devastador que resultou na morte de mais de 300 mil civis e no deslocamento de milhões de pessoas.

Durante o período de guerra, o regime de Assad governou com mão de ferro, com relatos de tortura em massa, execuções extrajudiciais e repressão brutal contra seu próprio povo. As instalações de detenção do regime, notoriamente conhecidas por suas condições desumanas, se tornaram sinônimos de desaparecimentos forçados e tortura. O regime sírio enfrentou uma crescente oposição, que culminou com a libertação de prisioneiros e a tomada de Damasco pelos rebeldes.

O regime de Assad foi um dos mais autoritários do Oriente Médio, e a guerra civil tornou a Síria um campo de batalha para diversos grupos e potências externas. A vitória dos rebeldes e a fuga de Assad para a Rússia marcam um ponto decisivo na história da Síria, mas os desafios para a reconstrução do país e a estabilização continuam.

Ainda não está claro o futuro da Síria, uma vez que a guerra deixou cicatrizes profundas na população e no tecido social do país. O regime de Assad, apesar da derrota militar, ainda possui aliados poderosos, e a reconstrução será uma tarefa árdua. O cenário sírio permanece instável, e o país enfrenta um longo caminho até sua recuperação total.