O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, ordenou que militares “retirassem à força” os deputados de dentro do Parlamento durante a votação para derrubar a lei marcial, revelou um comandante da unidade especial de guerra do exército da Coreia do Sul nesta terça-feira (10). A decisão aconteceu em meio a uma votação de impeachment no Parlamento do país no último final de semana, quando Yoon conseguiu sobreviver a um processo de impeachment liderado pela oposição. A medida, contudo, não conseguiu a quantidade necessária de votos para derrubar o presidente, pois a maioria dos parlamentares de seu partido boicotaram a votação.
O pedido de impeachment foi apresentado pela oposição, que, com 192 assentos, precisava de pelo menos oito votos do Partido do Poder Popular para atingir o número necessário de 200 votos. A derrota da moção de impeachment tende a intensificar os protestos públicos pedindo a saída do presidente. Pesquisas indicam que a maioria dos sul-coreanos apoia o impeachment de Yoon.
O presidente sul-coreano foi acusado de violar seu dever constitucional ao decretar a lei marcial na terça-feira (3). Após revogar a ordem de lei marcial, ele pediu desculpas ao povo, justificando sua ação como uma medida desesperada, mas não se dispôs a renunciar. Yoon declarou que deixaria a situação política nas mãos de seu partido.
A decisão sobre a lei marcial e a repercussão do impeachment geraram um ambiente político tenso na Coreia do Sul. O impacto desses eventos deve moldar o futuro político de Yoon, que precisa agora enfrentar a pressão popular e parlamentar. Os desdobramentos políticos indicam uma crescente polarização no país, e a reação do público será fundamental para os próximos passos da administração do presidente.