A Polícia Civil de Mato Grosso revelou que uma farmácia no bairro Tijucal, em Cuiabá, era usada por uma organização criminosa para mascarar recursos provenientes do tráfico de drogas. O estabelecimento movimentou R$ 9 milhões entre 2022 e 2024. Os registros financeiros indicavam entradas e saídas de valores praticamente iguais, um indício claro de lavagem de dinheiro, segundo os investigadores.
A farmácia servia como fachada para esconder transações ilícitas vinculadas ao tráfico em Sinop. Por determinação judicial, o local foi fechado, e medicamentos avaliados em cerca de R$ 190 mil foram confiscados e destinados à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. A ação integra a segunda fase da operação Follow the Money, que começou em março deste ano.
Nesta nova etapa, a proprietária da farmácia foi presa, junto com o irmão e a cunhada do líder do grupo criminoso, que está detido em uma penitenciária estadual. Investigações apontam que o casal seguia instruções vindas de dentro do presídio para adquirir imóveis em seus nomes ou de intermediários, ocultando a origem ilegal dos recursos.
A operação resultou na apreensão de 11 propriedades, incluindo casas em construção, quitinetes e uma chácara próxima a um rio, todas em Sinop. Esses bens eram usados para dar aparência de legalidade ao dinheiro obtido com a venda de drogas.
A operação Follow the Money 2 é parte de uma estratégia maior para desarticular redes de tráfico de drogas e seus esquemas de lavagem de dinheiro. Ao fechar o cerco sobre os bens e intermediários dos criminosos, as autoridades buscam enfraquecer as estruturas financeiras que sustentam essas atividades ilícitas.