A Polícia Civil do Rio de Janeiro solicitou a prisão preventiva de Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, suspeito de ser o mandante dos homicídios de Marquinhos Catiri, ex-homem de confiança do bicheiro Bernardo Bello, e seu segurança, Alexsandro, ocorridos em 2022, na comunidade da Guarda, na Zona Norte. As mortes são investigadas no âmbito de disputas entre contraventores, e Adilsinho é apontado como chefe de uma organização criminosa envolvida no jogo do bicho e no tráfico de cigarros ilegais.
Adilsinho, que é presidente de honra da escola de samba Salgueiro, é um dos principais alvos da operação. Embora tenha sido emitido um mandado de prisão temporária contra ele em novembro, ele segue foragido, e as autoridades suspeitam que ele esteja fora do país. As investigações indicam que ele ocupa uma posição de liderança dentro de um grupo criminoso que tem atuado no Rio de Janeiro e em sua região metropolitana, o que dificulta o trabalho de localização das testemunhas.
Em agosto de 2023, um mandado de prisão foi revogado pela Justiça, mas a recente decisão da juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis reforça a gravidade das acusações contra Adilsinho. Ela destacou que ele exerce grande influência sobre o grupo, o que aumenta a preocupação de que sua liberdade possa prejudicar o andamento das investigações. A juíza também mencionou o envolvimento de outros suspeitos, como Rafael do Nascimento Dutra, conhecido como Sem Alma, e George Alcovias, em crimes relacionados a Adilsinho.
A ação coordenada pela Polícia Civil busca dar continuidade à investigação das mortes de Catiri e Alexsandro, cujos assassinatos teriam sido motivados por disputas internas no jogo do bicho. Com o pedido de prisão preventiva, as autoridades esperam garantir que Adilsinho seja preso e que a organização criminosa da qual ele faz parte seja desmantelada, para que novas investigações possam ser realizadas de maneira eficaz e sem interferências.