As viagens internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Janja já custaram mais de R$ 50 milhões aos cofres públicos entre janeiro de 2023 e maio de 2025, segundo dados obtidos via Lei de Acesso à Informação. Os valores cobrem despesas com hospedagem, logística, aluguel de equipamentos e estrutura de apoio — e não incluem os voos da Força Aérea Brasileira (FAB) ou outros custos internos.
Em agendas que incluem discursos sobre meio ambiente, direitos humanos e diplomacia, Janja tem acompanhado Lula com presença ativa em compromissos oficiais, recepções de Estado e visitas a centros culturais. A participação da primeira-dama, embora simbólica e protocolar, também integra a estrutura das comitivas presidenciais, que ultrapassam frequentemente 100 integrantes. Só na viagem ao Japão e Vietnã, por exemplo, foram mais de 220 pessoas — com gastos de R$ 4,5 milhões. Já na missão mais recente à França, os custos com hospedagem ultrapassaram R$ 4,9 milhões.
Os valores geram críticas em meio a um cenário de restrições orçamentárias nos municípios e dificuldades em áreas essenciais como saúde, segurança e educação. Integrantes da oposição denunciam uma “presidência de luxo”, enquanto o Planalto justifica os investimentos como parte de uma agenda diplomática estratégica para reposicionar o Brasil no cenário internacional. Para críticos, no entanto, o tom das viagens contrasta com a realidade do país — e a imagem do casal presidencial ganha contornos de glamour excessivo.
