Em cerimônia nesta sexta em Colatina (ES), o presidente Lula não poupou críticas a Jair Bolsonaro: chamou-o de “covarde” por ter enviado seu filho a Washington para pedir tarifas sobre o agronegócio brasileiro. A declaração, feita sob forte aplauso de lideranças locais, buscou enquadrar o ex-presidente como responsável direto pela crise que afeta produtores de café, laranja e carnes.
O PT, em nota exclusiva, defendeu que a contundência de Lula era necessária para denunciar um ato que afronta a soberania nacional e prejudica a competitividade do setor externo. Já o PL reagiu classificando a fala como “ataque político desmedido”, afirmando que Bolsonaro apenas buscou proteger interesses do país.
Analistas em comportamento eleitoral apontam que a fala agressiva de Lula tende a reforçar sua popularidade junto aos pequenos produtores do Norte e Nordeste, mas também pode radicalizar a base bolsonarista em defesa de seu líder. O embate verbal promete manter o tema do agronegócio em evidência até o próximo ano.
Nos bastidores, aliados do presidente avaliam que esse tipo de posicionamento duro funcionará como um “chamado às armas” para a base petista, ao mesmo tempo em que força o PL a reagir em tom mais moderado, evitando desgaste doméstico. A próxima semana será decisiva para medir o impacto real dessa ofensiva retórica.
Folha de Brasília, da Redação







