O Banco Central decidiu vetar a aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), interrompendo uma das mais ambiciosas tentativas de expansão do banco estatal do DF. O negócio, avaliado como estratégico para ampliar a presença nacional do BRB, agora está suspenso, levantando debates sobre até onde uma instituição pública regional deve avançar em operações de risco em escala nacional.
Para os defensores da compra, o veto representa um freio desnecessário à modernização do BRB, que vinha tentando se posicionar como um player relevante no sistema financeiro brasileiro, expandindo sua base de clientes e diversificando produtos. Já para os críticos, a decisão do Banco Central é prudente: uma instituição controlada pelo governo do Distrito Federal não pode se arriscar em movimentos de alto impacto financeiro sem comprometer sua estabilidade e, por consequência, o dinheiro público.
O episódio escancara a tensão entre o desejo de crescimento e a responsabilidade de gestão. O BRB pode até sonhar em se tornar protagonista no cenário bancário nacional, mas precisa lembrar que sua missão principal ainda é atender ao cidadão do DF, fortalecendo políticas locais e oferecendo crédito de forma sustentável. Sem transparência e estratégia clara, qualquer movimento de expansão corre o risco de parecer mais um voo político do que um projeto sólido de desenvolvimento econômico.
Da redação, Folha de Brasília
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília