A Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo, acusando-os de coação no curso do processo. Segundo a PGR, ambos ultrapassaram o limite da crítica política e partiram para intimidação de ministros do STF e do TSE. Caso a denúncia seja aceita, Eduardo se tornará réu, ampliando seus riscos jurídicos e políticos.
A defesa do deputado sustenta que se trata de perseguição política, narrativa que encontra eco na base bolsonarista. Já a PGR argumenta que não se trata de mera opinião, mas de tentativa deliberada de constranger autoridades, colocando em risco a integridade institucional do Judiciário. Esse embate reforça a polarização e mantém vivo o confronto entre Poderes e oposição.
O impacto político é imediato: Eduardo, um dos nomes de maior projeção da direita no Congresso, pode sair enfraquecido no cenário eleitoral, enquanto aliados usam a denúncia como combustível para mobilizar sua base. O episódio expõe, mais uma vez, o dilema entre crítica legítima e ameaça à democracia.
Da Redação, Folha de Brasília
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil