A denúncia de adulteração de assinaturas de servidores para forjar reuniões e aprovar prestações de contas em Samambaia coloca a Secretaria de Educação do Distrito Federal sob questionamento. A investigação aberta busca apurar até que ponto o esquema comprometeu a lisura administrativa e quais gestores podem estar envolvidos.

Mais do que um episódio isolado, o caso revela uma fragilidade recorrente: a falta de mecanismos eficazes de fiscalização interna e de responsabilização. Quando assinaturas são falsificadas para legitimar processos oficiais, o que se tem não é apenas uma fraude burocrática, mas um ataque direto à credibilidade da administração pública e ao uso responsável dos recursos da educação.

A gravidade do caso exige respostas rápidas e transparentes. A simples abertura de inquérito não basta. É preciso identificar responsáveis, punir culpados e rever protocolos de controle para impedir que situações semelhantes se repitam. Sem isso, a gestão da educação em Brasília continuará refém de práticas que corroem a confiança da sociedade e minam o compromisso com a escola pública de qualidade.

Da Redação, Folha de Brasília

Foto: Divulgação/SEDF