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Polícia descobre laboratório de falsificação de bebidas no DF e expõe falhas na fiscalização

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Polícia descobre laboratório de falsificação de bebidas no DF e expõe falhas na fiscalização

A Polícia Civil do Distrito Federal desmantelou um laboratório clandestino de falsificação de bebidas que operava com grande capacidade de produção. No local, foram apreendidas garrafas, rótulos de marcas conhecidas e substâncias químicas usadas para adulterar destilados, representando grave risco à saúde pública. O caso reforça uma realidade preocupante: o comércio ilegal de bebidas adulteradas avança de forma silenciosa, movido pelo lucro fácil e pela falta de controle efetivo.

O episódio escancara a fragilidade da fiscalização e a insuficiência das ações coordenadas entre os órgãos de vigilância sanitária, segurança pública e fazendária. A prática criminosa não se restringe a pequenos pontos de venda; ela opera em escala, abastecendo bares, eventos e até estabelecimentos que, à primeira vista, parecem regulares. A ausência de fiscalização contínua transforma o consumidor em alvo e o sistema público de saúde em vítima indireta, já que é ele quem arca com as consequências das intoxicações.

Mais do que prender falsificadores, o desafio está em desmontar toda a cadeia que permite a circulação desses produtos — da produção à revenda. É preciso investir em rastreabilidade, intensificar inspeções e aplicar punições exemplares a quem financia ou distribui bebidas adulteradas. O laboratório descoberto no DF é apenas um sintoma de um problema nacional: o crime está se sofisticando mais rápido do que o Estado consegue reagir.

Da Redação, Folha de Brasília

Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF