O dólar registrou alta e fechou cotado a R$ 5,33 nesta terça-feira, refletindo a cautela dos investidores diante da divulgação de novos indicadores econômicos nos Estados Unidos. O movimento ocorre em meio à espera pelos dados de inflação ao consumidor (CPI) e pela revisão do mercado de trabalho norte-americano, relatórios que podem influenciar diretamente a política de juros do Federal Reserve (Fed).
Analistas apontam que o mercado global opera em compasso de espera: qualquer sinal de inflação mais alta que o previsto pode levar o Fed a adotar uma postura mais rígida, mantendo juros elevados por mais tempo. Isso tende a fortalecer o dólar e pressionar moedas emergentes, como o real. Enquanto isso, investidores adotam uma estratégia de proteção, elevando a demanda pela moeda americana.
No cenário interno, a valorização do dólar também é alimentada por incertezas fiscais e preocupações com a capacidade do governo brasileiro de cumprir metas orçamentárias. A combinação entre fatores internacionais e riscos domésticos cria um ambiente de volatilidade, fazendo a moeda norte-americana oscilar com intensidade ao longo dos últimos pregões.
Economistas destacam que, até a divulgação dos dados dos EUA, o mercado deve seguir nervoso, com possibilidade de novas altas no câmbio. Caso os números indiquem um enfraquecimento da economia americana, o dólar tende a ceder; se apontarem resiliência ou pressão inflacionária, o movimento de alta deve se intensificar.
Da redação, Folha de Brasília
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
