As investigações conduzidas pela Polícia Federal sobre as fraudes bilionárias no cartão de crédito consignado conhecido como Master revelam um rombo que pode chegar a R$ 12 bilhões, segundo estimativa divulgada por um diretor da corporação nesta terça-feira. O valor, considerado um dos maiores desvios já apurados no sistema financeiro nacional, amplia a gravidade do esquema que atinge servidores públicos, aposentados e pensionistas de todo o país.
De acordo com a PF, a quadrilha utilizava brechas operacionais, manipulação de sistemas e intermediários em órgãos públicos para aprovar contratos sem autorização dos titulares, além de inflar dívidas e renovar consignados de forma automática, sem transparência. O esquema também envolvia venda ilegal de dados pessoais e cobrança de tarifas indevidas. Para os investigadores, o volume de vítimas e a complexidade da rede criminosa explicam a dimensão inédita do prejuízo.
A PF afirma que novas fases da operação devem ocorrer nas próximas semanas, com foco na responsabilização de servidores, empresas financeiras e grupos organizados que lucraram com o esquema por anos. O caso segue em sigilo enquanto equipes analisam documentos, extratos, comunicações internas e o fluxo de valores suspeitos. A estimativa de R$ 12 bilhões, porém, indica que o escândalo pode se tornar um dos maiores da história recente envolvendo crédito consignado.
Da redação, Folha de Brasília
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado







