As celebrações do Dia da Consciência Negra no Rio de Janeiro ganharam um tom especial neste ano, com foco no fortalecimento da chamada “economia preta”, conjunto de iniciativas, empreendimentos e políticas públicas voltadas ao protagonismo econômico da população negra. A data, tradicionalmente marcada por atos culturais e debates sobre desigualdade racial, foi ampliada para discutir também autonomia financeira, empreendedorismo e representação no mercado de trabalho.
Durante todo o dia, feiras, painéis, apresentações e rodadas de negócios ocuparam espaços públicos e centros culturais da cidade. Empreendedores negros apresentaram produtos e serviços que vão desde moda e gastronomia até tecnologia e educação, evidenciando a diversidade e a força produtiva desse setor. A prefeitura e organizações parceiras defenderam que impulsionar negócios liderados por pessoas negras significa enfrentar desigualdades históricas e promover desenvolvimento com inclusão social.
Especialistas convidados reforçaram que a economia preta movimenta bilhões por ano no Brasil, mas ainda é subrepresentada em políticas de crédito, linhas de financiamento e oportunidades de acesso a mercados maiores. No evento, foram anunciados programas de incentivo, capacitação empresarial e editais específicos para empreendedores negros. A meta é ampliar o acesso a recursos e reduzir barreiras estruturais enfrentadas por esse grupo.
As atividades do Dia da Consciência Negra no Rio reforçaram que combater o racismo não é apenas um compromisso simbólico, mas também econômico. Valorizar a produção, o talento e o protagonismo da população negra é essencial para construir uma sociedade mais justa e democratizar o acesso às oportunidades. O evento destacou que fortalecer a economia preta é uma estratégia concreta de transformação social.
Da redação, Folha de Brasília
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil







