A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar humanitária, alegando que o ex-chefe do Executivo estaria passando por um quadro de confusão mental provocado por interações medicamentosas. Segundo os advogados, Bolsonaro teria apresentado episódios de paranoia, desorientação e possíveis alucinações, o que explicaria a violação da tornozeleira eletrônica, usada como justificativa para sua detenção.
Os defensores afirmam que Bolsonaro vem utilizando diversos medicamentos com ação no sistema nervoso central desde a facada de 2018, especialmente para controlar crises de soluços recorrentes. Eles argumentam que a combinação recente de novas substâncias teria desencadeado um surto que o levou a acreditar que a tornozeleira eletrônica continha algum tipo de “escuta”, motivo pelo qual ele teria tentado abrir o dispositivo. A defesa sustenta que não houve intenção de fuga, adulteração proposital ou tentativa de obstruir as investigações.
No pedido encaminhado ao STF, os advogados também afirmam que não há risco concreto de evasão, já que a casa de Bolsonaro é constantemente monitorada por agentes da Polícia Federal. Diante disso, a defesa solicita que a prisão preventiva seja substituída por prisão domiciliar, em caráter humanitário, até que o ex-presidente esteja plenamente recuperado e avaliado por médicos independentes. A decisão caberá à Primeira Turma do Supremo, que analisará o caso em sessão virtual.
Da redação, Folha de Brasília
Foto: SEAP/Divulgação







