O Palácio do Planalto rejeitou o texto em análise na Câmara que mantém a escala 6×1 como regra trabalhista, afirmando que a proposta representa um retrocesso e intensifica a precarização das condições de trabalho. Para o governo, a jornada atual já é extenuante em diversos setores e sua manutenção rígida ignora mudanças no mundo laboral.

Técnicos argumentam que o modelo favorece o aumento de acidentes, adoecimento e queda de produtividade, além de desconsiderar alternativas mais modernas, como compensação de horas e descanso ampliado. A crítica também recai sobre a falta de diálogo entre o texto da Câmara e propostas mais equilibradas de proteção ao trabalhador.

A posição do Planalto deve gerar embate com parlamentares alinhados ao setor empresarial, que defendem a escala como garantia de segurança jurídica. O governo, porém, sinaliza que pressionará por alterações profundas ou vetará trechos considerados prejudiciais caso o texto avance.

Da redação, Folha de Brasília

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil