As redes de varejo de produtos e serviços para animais de estimação Petz e Cobasi anunciaram nesta sexta-feira um acordo para combinar suas operações, formando assim a maior empresa do setor no país. A fusão une duas companhias líderes no segmento, com a Petz se tornando uma subsidiária integral da Cobasi, cujos acionistas deterão 52,6% da empresa combinada, uma mudança em relação ao memorando de entendimento anterior que previa uma divisão de 50%-50%.
O conselho de administração da empresa resultante, que será listada no Novo Mercado, contará com nove membros, sendo cinco indicados pelos controladores da Cobasi e o restante por Sergio Zimerman, presidente-executivo da Petz. Com um mercado formado por mais de 139 milhões de animais de estimação no Brasil, a união das duas empresas visa atender a uma demanda crescente. Os acionistas da Petz receberão 400 milhões de reais, com 130 milhões sendo distribuídos em dividendos antes do fechamento da operação.
A fusão das duas gigantes do setor pet exigirá aprovação dos órgãos de defesa da concorrência em 2025, criando uma empresa com receita bruta em torno de 7 bilhões de reais, 494 lojas em mais de 140 cidades e 20 marcas próprias. A expectativa é de sinergias significativas, com um incremento de 220 a 330 milhões de reais anualmente. A nova empresa nascerá com uma dívida líquida de 194 milhões de reais, sob a liderança de Zimerman como presidente do conselho de administração e Paulo Nassar, da Cobasi, como presidente-executivo.
Os resultados financeiros e operacionais promissores, somados à expectativa de capturar sinergias significativas, impulsionaram as ações da Petz, que apresentaram um aumento de quase 20% após o anúncio do acordo. A empresa combinada permanecerá no Ibovespa, com a assinatura do acordo baseada na premissa de não gerar Imposto de Renda sobre ganho de capital. Os resultados do segundo trimestre indicam uma reversão da tendência negativa, com a empresa já vislumbrando uma recuperação das vendas para os próximos períodos.
