A advogada Adélia Soares, com 2,2 milhões de seguidores nas redes sociais, foi recentemente indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por falsidade ideológica e associação criminosa. Conhecida por suas postagens sobre responsabilidades de influenciadores digitais e estratégias legais para sorteios e rifas, Soares também é acusada de abrir uma empresa para facilitar a operação de jogos ilegais no Brasil, em colaboração com um grupo chinês.
De acordo com o inquérito, a empresa Playflow, da qual Adélia é administradora, estava envolvida em uma operação de jogos de azar. A investigação revelou que a empresa tinha uma sociedade com a Peach Blossom, uma entidade registrada nas Ilhas Virgens Britânicas. A PCDF descobriu que a Playflow, com sede em Suzano, São Paulo, estava usando documentos falsos para sua operação. A empresa foi descoberta após um golpe que envolveu a transferência de R$ 1.800 para sua conta bancária, levada a público por um funcionário da limpeza de uma delegacia.
Em suas redes sociais, Adélia Soares publicava conteúdos sobre como evitar golpes e conduzir sorteios e rifas sem problemas legais, frequentemente abordando temas relacionados a apostas. No entanto, os investigadores encontraram indícios de que a Playflow operava um esquema complexo de jogos ilegais, onde os apostadores faziam pagamentos via pix, e os fundos eram movimentados através de uma instituição de pagamento antes de serem enviados para fora do país via casas de câmbio. O grupo criminoso utilizava CPFs falsos, incluindo dados de pessoas já falecidas e nomes inexistentes, para encobrir suas operações.
O delegado Érick Sallum, responsável pelo caso, afirmou que a documentação apresentada para a operação da Playflow no Brasil não cumpria as regulamentações necessárias, como a tradução por tradutor juramentado e apostilamento da Haia, tornando a empresa ideologicamente falsa. A investigação continua para esclarecer todos os detalhes do esquema e identificar outros possíveis envolvidos.