Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
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Agenda de cortes de gastos públicos e foco na arrecadação

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Agenda de cortes de gastos públicos e foco na arrecadação

Desde o início do governo Lula, economistas do mercado financeiro têm solicitado uma agenda estrutural de cortes nos gastos públicos. Apesar disso, a equipe econômica tem priorizado o aumento da arrecadação como estratégia para equilibrar as contas. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, anunciou que, a partir de 2025, a revisão de despesas públicas será o foco principal da área econômica, buscando propostas mais efetivas para conter o crescimento dos gastos.

Atualmente, as ações da equipe econômica concentram-se na revisão de cadastros de programas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), visando reduzir fraudes e garantir que os benefícios sejam pagos apenas a quem realmente tem direito. Ceron reconheceu as críticas do mercado sobre a falta de reformas estruturantes, mas garantiu que estão na pauta do governo, embora não tenha revelado detalhes sobre as propostas.

Os economistas alertam que o governo precisa atacar o lado estrutural dos gastos, além de focar na arrecadação. Entre as sugestões estão a reforma administrativa para reduzir gastos com servidores, uma nova reforma da Previdência, e a revisão dos subsídios da União. Essas propostas visam melhorar a eficiência dos gastos públicos e garantir recursos suficientes para áreas essenciais, como saúde e educação.

Entretanto, as reformas estruturais costumam ser impopulares e podem resultar em desvinculações de gastos, o que levaria à diminuição de benefícios sociais. A preocupação é que, sem cortes significativos, o espaço para gastos discricionários do governo se esgote, resultando em uma paralisia do Estado. Esse cenário já foi enfrentado anteriormente, evidenciando a necessidade de uma abordagem equilibrada entre arrecadação e contenção de despesas.