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Aliado de Putin alerta para risco de guerra global

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Aliado de Putin alerta para risco de guerra global

Sergei Chemezov, um aliado próximo de Vladimir Putin e presidente-executivo da Rostec, advertiu que os Estados Unidos e seus aliados ocidentais correm o risco de desencadear uma guerra global ao continuarem a “provocar” o conflito na Ucrânia e permitirem ataques ucranianos em território russo. Suas declarações à Reuters fornecem uma visão rara do pensamento do círculo íntimo do presidente russo, especialmente após uma incursão ucraniana surpresa na região de Kursk. Putin prometeu uma resposta “digna” a essa incursão, mas ainda não especificou o que isso implicará.

Chemezov destacou que, após mais de dois anos da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, Moscou se sente confiante e possui armamento suficiente. Ele reiterou a visão do Kremlin de que o conflito é uma batalha entre o Ocidente e a Rússia, acusando os EUA de fomentar a guerra ao fornecer armas a Kiev e permitir ataques na Rússia. O aliado de Putin alertou que a escalada do conflito poderia arrastar o mundo para um confronto global, expressando perplexidade com a aparente falta de compreensão do Ocidente sobre os riscos envolvidos.

Putin, que considera o conflito na Ucrânia uma batalha existencial contra um Ocidente decadente, declarou recentemente que poderia colocar mísseis convencionais prontos para atacar os EUA e seus aliados se a Ucrânia continuar a atacar profundamente a Rússia com armas ocidentais. Enquanto isso, o Ocidente nega envolvimento direto no planejamento dos ataques ucranianos e considera a guerra uma apropriação de terras não provocada pela Rússia.

Chemezov também abordou as sanções ocidentais, afirmando que elas não afetaram gravemente o mercado interno russo, contradizendo a alegação de que há prateleiras vazias devido às restrições. Ele mencionou que a Rostec conseguiu aumentar a produção de armas e que a saída de empresas ocidentais como Boeing e Airbus representa uma “oportunidade” para a indústria de defesa russa. Chemezov afirmou que a Rússia não vê mais negócios conjuntos com países ocidentais como uma possibilidade, e que o país conseguiu tirar vantagens da situação atual.