Ataque em Beirute: Um prédio desaba

Foto: Bilal Hussein/AP

Recentemente, Beirute, no Líbano, foi alvo de uma série de bombardeios israelenses, destacando-se um ataque em que um edifício colapsou instantaneamente após ser atingido por uma bomba. O momento exato da detonação foi registrado por um fotógrafo da Associated Press, que estava presente na cena.

Esse bombardeio aconteceu apenas 40 minutos depois que Israel pediu a evacuação de dois prédios próximos, alegando que estavam situados perto de instalações do Hezbollah. Com jornalistas já posicionados, foi possível capturar a destruição causada por uma das bombas mais potentes do arsenal israelense.

Pesquisadores independentes analisaram os destroços e concluíram que a arma utilizada foi uma bomba guiada, também chamada de bomba inteligente, lançada por um avião de combate israelense. Segundo Richard Weir, especialista em armamentos da Human Rights Watch, as evidências sugerem que se tratava de uma ogiva de 1 tonelada equipada com um sistema de orientação conhecido como “Spice”, fabricado pela Rafael Advanced Defense Systems, uma empresa estatal israelense.

Embora os militares israelenses tenham se recusado a comentar sobre o tipo de armamento empregado, analistas sugerem que a escolha por bombas guiadas se deve à sua capacidade de operar em diversas condições, minimizando danos colaterais. Este tipo de armamento, projetado para ser preciso e letal, permite que os aviões se mantenham a uma distância segura ao atacar, deslizando em direção ao alvo e ajustando seu curso com a ajuda de sensores. A complexidade da produção dessas armas e a colaboração com empresas americanas, como Lockheed Martin, também ressaltam a interdependência no fornecimento de tecnologias militares entre os dois países.