A Polícia Federal iniciou investigações sobre as explosões registradas na noite de quarta-feira (13) no centro de Brasília. O suspeito do atentado, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, armazenava um grande número de explosivos em uma casa alugada na região de Ceilândia, no Distrito Federal. Durante a inspeção do local, um robô antibombas da corporação provocou uma forte explosão ao abrir uma gaveta onde estavam os materiais. A medida evitou ferimentos nos agentes, mas causou danos internos na residência.
Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o robô salvou vidas, já que a intensidade da explosão poderia ter sido fatal para os policiais que entraram no imóvel. Wanderley foi identificado como responsável pela detonação de diversos artefatos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), evento que acabou em sua morte após ser atingido por uma das explosões. Somente na manhã do dia seguinte, o corpo foi removido, e policiais seguiram desativando outros materiais perigosos encontrados na área.
Rodrigues enfatizou que o episódio evidencia a atuação de grupos extremistas no país, sugerindo que ações semelhantes em anos anteriores ainda reverberam, e destacou a necessidade de uma resposta enérgica das forças de segurança e da Justiça Federal. O caso foi encaminhado ao STF e está sendo tratado como possível atentado contra o Estado Democrático de Direito e ato terrorista.
As investigações iniciais apontam que Wanderley teria planejado o atentado por um longo período. Residente de Santa Catarina, ele já havia estado em Brasília em outras ocasiões, inclusive no início de 2023, e se estabeleceu há meses na casa alugada em Ceilândia. A polícia encontrou indícios de planejamento cuidadoso, como bombas artesanais de alta lesividade e um extintor de incêndio adaptado para simular um lança-chamas.
Além disso, o veículo de Wanderley continha fogos de artifício estrategicamente posicionados para intensificar o impacto das explosões. Um trailer, também alugado, foi localizado próximo ao STF, indicando um planejamento mais abrangente. A PF segue analisando os materiais para entender melhor a estrutura da operação e os possíveis vínculos com outros ataques.