Rebecca Cheptegei, uma maratonista de Uganda que participou das Olimpíadas de Paris no mês passado, faleceu tragicamente poucos dias após ser vítima de um ataque violento. A confirmação da sua morte foi anunciada pela Federação de Atletismo de Uganda por meio da rede social X (anteriormente conhecida como Twitter) nesta quinta-feira (5). A notícia comoveu o mundo esportivo e trouxe à tona questões de violência doméstica.
A Federação de Atletismo de Uganda expressou seu profundo pesar pela morte de Cheptegei, destacando que a atleta foi brutalmente agredida em um episódio de violência doméstica. O comunicado oficial da federação condenou veementemente o ataque e pediu justiça para a atleta, ao mesmo tempo que manifestou votos de paz para sua alma. A federação também se comprometeu a apoiar a família da maratonista durante este momento difícil.
Cheptegei, que tinha 33 anos e residia no Quênia, estava em estado crítico após o ataque, no qual sofreu queimaduras em 75% de seu corpo. O incidente ocorreu no último domingo em sua casa localizada no oeste do Condado de Trans Nzoia. A gravidade dos ferimentos e o estado crítico da atleta geraram uma grande comoção e uma ampla cobertura midiática.
De acordo com o comandante da polícia do Condado de Trans Nzoia, Jeremiah ole Kosiom, o agressor foi Dickson Ndiema, namorado de Cheptegei. Ndiema invadiu a residência da atleta com um galão de gasolina e a atacou após uma discussão sobre questões de propriedade. O agressor também sofreu queimaduras no incidente e está recebendo tratamento em um hospital na cidade de Eldoret.
Um representante do Hospital de Ensino e Referência Moi, onde Cheptegei estava sendo tratada, informou que a atleta desenvolveu falência múltipla de órgãos na noite de quarta-feira. Esse agravamento de sua condição levou ao seu falecimento, encerrando uma tragédia que abalou tanto a comunidade esportiva quanto a sociedade em geral.