Nove meses após sofrer um grave acidente na Fórmula 1, o piloto Jules Bianchi morreu, nesta quinta-feira. A família informou apenas nesta sexta. O francês, de 25 anos, estava em estado vegetativo desde que bateu seu carro em Suzuka, no ano passado. É a primeira morte de um piloto de F1 desde o ocorrido com Ayrton Senna em 1994.
O acidente de Jules Bianchi aconteceu durante uma prova chuvosa no Japão. Ele dirigia um carro da Marussia, que saiu da pista e colidiu com força no guindaste que retirava a Sauber de Adrian Sutil. Bianchi sofreu uma lesão axonal difusa, passou por uma cirurgia e ficou internado desde então – passou um mês no Japão e depois foi transferido para Nice, na França, onde morreu.
A família de Bianchi anunciou a morte com uma nota oficial, com lamentações e agradecimentos: “Jules lutou até o fim, como sempre fez, mas ontem sua batalha terminou. Nós sentimos uma dor imensa e indescritível”.
Durante esta semana, Philippe Bianchi, pai de Jules, deu uma entrevista à France Info, na qual relatou sua tristeza com a situação: “é insuportável. É uma tortura diária. Às vezes, sinto que estamos enlouquecendo, porque, para mim, certamente é mais cruel do que se ele tivesse morrido”. Sob esse ponto de vista, o que aconteceu nesta sexta-feira é um alívio para a família de Bianchi.
Colisão incrível
O acidente que vitimou Bianchi ocorreu na 43ª volta do Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1, em 2014. O francês da equipe Marussia colidiu o seu carro com um guindaste que estava fora da pista, na altura da curva 7 do circuito nipônico. No momento da pancada, o guincho retirava a Sauber do alemão Adrian Sutil de uma área de escape de Suzuka. Chovia muito, e a pista estava escorregadia.
Em um primeiro momento, a prova foi paralisada para a entrada do Safety Car. Um carro médico também adentrou a pista para prestar os primeiros socorros a Bianchi. Quando a gravidade do ocorrido foi detectada, porém, a corrida foi imediatamente encerrada, e o britânico Lewis Hamilton, declarado o vencedor. O pódio, que também contou com a presença de Nico Rosberg (2º) e de Sebastian Vettel (3º) não teve a tradicional festa do estouro de champanhe por respeito à situação.
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Foto: Mark Thompson / Getty Images