Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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Bolsonaro nega violação de medida cautelar em evento político: Defesa alega cumprimento Rigoroso da ordem judicial

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Bolsonaro nega violação de medida cautelar em evento político: Defesa alega cumprimento Rigoroso da ordem judicial

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro negou que ele tenha descumprido a proibição imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de manter contato com Valdemar da Costa Neto, presidente do PL. A questão surgiu após a participação de ambos na convenção que oficializou a candidatura de Ricardo Nunes (MDB) à reeleição para a Prefeitura de São Paulo. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, havia ordenado que Bolsonaro explicasse o possível descumprimento da medida cautelar, já que os dois são investigados em um processo sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

 

Os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente compareceu ao evento em horário diferente e posterior à saída de Valdemar, evitando qualquer encontro. Segundo a defesa, Bolsonaro tomou todas as precauções necessárias para cumprir a determinação judicial, destacando que outras figuras políticas presentes, como o prefeito de São Paulo e o ex-presidente Michel Temer, poderiam testemunhar que não houve contato entre Bolsonaro e Valdemar.

 

A Polícia Federal (PF) havia deflagrado, em fevereiro, uma operação que investigou Bolsonaro, ex-ministros e ex-assessores por tentativa de golpe e invalidação do resultado das eleições de 2022, que culminaram na derrota de Bolsonaro. A investigação apontou que o Partido Liberal (PL) foi instrumentalizado para apoiar ações contra a legitimidade do processo eleitoral, com Valdemar Costa Neto sendo o principal responsável por esses questionamentos.

 

Conforme as investigações da PF, o grupo ligado a Bolsonaro teria se organizado em núcleos com o objetivo de disseminar alegações de fraude eleitoral, visando justificar uma intervenção militar. A operação, chamada “Tempus Veritatis” pela PF, revelou a existência de uma estrutura coordenada para minar a confiança nas eleições antes mesmo de sua realização, configurando o que foi descrito como uma dinâmica de milícia digital.