
Nos últimos 30 dias, o estado de São Paulo registrou uma série de casos graves envolvendo policiais militares, resultando no afastamento de 45 agentes e na prisão de dois deles. As denúncias, amplamente divulgadas por gravações de câmeras de segurança e celulares, incluem abuso de autoridade, violência excessiva e letalidade policial. Entre os afastados, um teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
Os casos reacenderam o debate sobre o uso de câmeras corporais nos uniformes dos policiais, um tema controverso desde as críticas do governador Tarcísio de Freitas em 2022. Inicialmente cético quanto à eficácia das câmeras, Tarcísio reavaliou sua posição diante da crise na segurança pública. Ele declarou estar convencido de que os dispositivos protegem tanto a sociedade quanto os próprios agentes e anunciou a ampliação do programa, apesar de manter a atual liderança da Secretaria de Segurança.
Um dos casos que mais chamou atenção foi o de um policial que arremessou um homem de uma ponte na zona sul da capital paulista. O agente, identificado como Luan Felipe Alves Pereira, foi preso, e outros 12 policiais envolvidos na ação foram afastados. Em outro episódio, um PM foi filmado executando um jovem negro pelas costas em frente a um mercado. O policial foi preso após as imagens virem à tona, evidenciando a gravidade da conduta.
Outras ocorrências incluem o afastamento de 12 policiais por agredirem uma mulher idosa e seu filho em Barueri, além de dois PMs investigados pela morte de um estudante de medicina em um hotel. Houve ainda a morte de uma criança de 4 anos durante um tiroteio no litoral paulista, possivelmente causada por disparo de um policial, levando ao afastamento de sete agentes.
A Secretaria de Segurança Pública informou que todos os casos estão sendo apurados por meio de inquéritos militares e civis. As ações incluem a análise de imagens e depoimentos, podendo resultar em punições severas, como a expulsão dos agentes envolvidos.