No deserto do Atacama, no Chile, o Observatório Europeu do Sul (ESO) está construindo o Telescópio Extremamente Grande (ELT), que promete ser o maior telescópio óptico do mundo. Programado para iniciar suas operações em 2028, o ELT contará com espelhos avançados que são verdadeiras obras de engenharia. O espelho primário, com 39 metros de diâmetro e composto por 798 segmentos hexagonais, captará 100 milhões de vezes mais luz que o olho humano, enquanto o espelho M4, o maior espelho deformável já fabricado, ajustará sua forma 1.000 vezes por segundo para corrigir distorções atmosféricas.
Enquanto isso, no Instituto Max Planck de Óptica Quântica, na Alemanha, cientistas desenvolveram um espelho quântico que opera em escalas microscópicas. Em 2023, eles criaram um “interruptor quântico” com um único átomo para controlar a transparência e reflexão de átomos, uma tecnologia promissora para redes quânticas seguras e outras aplicações futuras. Esta pesquisa está abrindo novas possibilidades para tecnologias quânticas.
Em Oberkochen, Alemanha, a Zeiss está aprimorando espelhos ultraplanos para máquinas de litografia por ultravioleta extremo (EUV), essenciais na fabricação de chips de computador. Os espelhos da Zeiss têm uma superfície tão plana que, se ampliados para o tamanho da Alemanha, o ponto mais alto seria apenas 0,1 mm. Esses espelhos permitem a fabricação de chips com uma precisão impressionante, essencial para o avanço da tecnologia de semicondutores e a criação de microchips com um trilhão de transistores até 2030.
Esses avanços em tecnologia óptica, tanto em grandes telescópios quanto em pequenas estruturas quânticas e equipamentos de litografia, estão moldando o futuro da ciência e da tecnologia. O trabalho em espelhos e óptica continua a impulsionar descobertas e inovações que poderão transformar a nossa compreensão do universo e as capacidades tecnológicas nos próximos anos.